Como conciliar maternidade e carreira?
Apoio oferecido pela empresa onde a profissional trabalha faz diferença na rotina diária
Ser mãe e também uma profissional dedicada à carreira requer a superação de muitos desafios diários. Uma pesquisa feita este ano pelo Painel de Respondentes do Opinion Box mostrou que 43% das entrevistadas afirmam que na hora de dividir tarefas relativas à criação de filhos ficam com uma parte maior do que seus parceiros. A pesquisa mostra ainda que 43% gostariam de passar mais tempo do que têm disponível com os filhos, mas mesmo assim, 76% contam que brincam constantemente com eles, independentemente das dificuldades.
A engenheira mecânica, Anne Azevedo, 37 anos, acredita que a felicidade da mulher se completa ao ter uma carreira bem-sucedida e ser mãe. Há cinco anos na Imerys, mineradora que possui operações de caulim no Pará, ela trabalha na área de Manutenção, realizando atividades que exigem atenção máxima, como checagem equipamentos fundamentais na operação, a exemplo de máquinas de filtragem e carregador de navio. “É um trabalho minucioso e são várias coisas que temos que conduzir ao longo da jornada. E na volta para casa, a gestão não termina, já que tem o marido e os filhos. É preciso habilidade para saber gerenciar o tempo para fazer tudo que precisa”, observa.
Mãe de dois filhos, Miguel, 9 anos, e Daniel, 2 anos, ela tem rotina pesada na volta do trabalho: providencia o jantar da família, passa um olho na lição do filho mais velho e o ajuda em pesquisas mais complexas da escola. “Os dias mais difíceis são quando o meu caçula está doente e fica mais dengoso, pedindo atenção. O coração fica apertado, mas temos que ser fortes sempre pensando em um futuro melhor para eles. Fico muito feliz porque Miguel já ajuda bastante e é um grande parceiro. Ele também faz praticamente o dever sozinho e tem raciocínio lógico muito bom”, comemora.
Para Cassandra Cavalheiro o desafio começou cedo. Seus dois filhos Alan, de 11 anos e Isabelly, de oito, nasceram durante a sua graduação em Engenharia Química na Universidade Federal do Pará (UFPA). Com os filhos mais crescidos, ela não perdeu o foco e entrou de cabeça em um segundo curso: licenciatura em Química pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), na Vila dos Cabanos, em Barcarena.
“Felizmente consigo conciliar o trabalho, estudo e a convivência com eles, para que não interfira no nosso tempo juntos. Eles reclamam um pouquinho sentem saudade, mas no final tudo dá certo”, explica a operadora que atua há quatro anos na Alubar. Por trabalhar em turno, ela tem mais facilidade para estudar e participar ativamente da vida dos pequenos. “A parte mais engraçada é que eu preciso dormir durante o dia pra ter energia pra todas as atividades e eles falam que eu sou preguiçosa”, comenta a mãe, que vai comemorar a data especial ao lado dos dois e do marido.
Auxílio-creche e kit natalidade
Num ambiente predominantemente masculino como o da mineração, algumas empresas buscam criar um ambiente mais favorável para as mães. A CMOC Brasil conta hoje com 82 mães em variadas atividades, das quais 17% em cargos de liderança e 82% divididas entre cargos de analistas e assistentes.
“Ser mãe é algo muito prazeroso e conseguir conciliar isso com a profissão nos leva à plenitude como mulher. Sou grata à CMOC por todo o suporte durante a gestação e no meu retorno ao trabalho. Isso além dos benefícios concedidos, fez toda a diferença”, conta Paula Peixoto, coordenadora de Logística em Cubatão (SP). Segundo a empresa, apenas 63 países seguem as normas da Organização Internacional do Trabalho, que determina o mínimo de 3,5 meses de licença maternidade paga. Na CMOC Brasil, a licença maternidade é de seis meses. Entre os outros benefícios oferecidos estão auxílio-creche até os 5 anos e 11 meses de idade e kit natalidade para gestantes. “Me chamou a atenção o apoio da CMOC e de meus colegas, houve uma preocupação muito grande da parte deles e o ambiente era muito agradável. Me senti segura, o que foi muito importante”, diz a engenheira de minas, em Catalão (GO), Talita Braga.
Gisele Ramos, geóloga da CMOC, tem uma atividade profissional que envolve riscos em uma mina de nióbio, em Catalão (GO). “O respeito foi tanto que me deslocaram para trabalhar em um escritório, com mais segurança. A empresa foi extremamente simpática e meus colegas ajudaram muito enquanto eu aguardava a chegada do bebê”, contou.
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